Amor Próprio: Como Amar a Si Mesma?

A forma como nos sentimos acerca de nós mesmos é algo que afeta crucialmente todos os aspectos da nossa experiência.Os dramas de nossas vidas estão ligados intimamente a forma que a gente se vê.

Trocando por miúdos, é como a nossa autoestima nos direciona rumo ao sucesso ou ao fracasso.

De todos os julgamentos que fazemos na vida, das opiniões que temos em relação às outras pessoas, a mais importante é a que temos sobre nós mesmos.

Ter autoestima positiva muda totalmente um padrão de comportamento e é essencial para a felicidade pessoal e profissional do individuo.

A mistura de autoconfiança com autorrespeito te abrirá um importante portal para aprender a lidar com os desafios da vida.

A importância de ter a autoestima saudável, implica diretamente na nossa capacidade de reação ativa positiva às experiências da vida, trabalho, amor, lazer e na espiritualidade.

Nos mostra como desfrutar a vida de uma maneira sadia e correlacionada somente ao que te faz enxergar seu papel no mundo, sua missão no caminhar da vida.

Dentre tantos fatores que influenciam elevar nosso amor próprio, vou falar sobre algumas que identifico como primordial no caminho de se conhecer e com isso elevar seu amor próprio.

Viver Conscientemente

Nossa mente é nosso meio básico de sobrevivência. A capacidade de pensar é que distingue nossas conquistas.

Somos livres para procurar a expansão ou a contração da nossa mente.

Se a nossa vida depende do uso adequado da consciência, a extensão com que valorizamos a visão em vez da cegueira são determinantes para nosso autoconceito e nosso autorrespeito.

Por dia somos obrigados a ter dezenas de pensamentos e dentro desses pensamentos, escolhemos o nível de consciência no qual esses pensamentos ganharão forma dentro da gente.



E pensando que viveremos 50, 60, 70, 100 anos, esses pensamentos moldam que tipo de pessoa nos tornaremos.

Viver conscientemente nada mais é que gerar um estado mental para cada tarefa que executaremos no decorrer da nossa existência.

Dirigir um carro, estudar, escrever um artigo, fazer amor, fazer uma lista de supermercado, meditar e várias outras.

Viver conscientemente é viver de maneira responsável em relação à realidade.

Aprender a Autoaceitação

Veja bem, a autoaceitação não é ausência de vontade de mudar, melhorar ou evoluir se tivermos a consciência sobre quem somos de fato e o que fazemos e sentimos.

Temos a possibilidade de nos encarar sem filtros; de nos vermos sem máscaras e com isso desbloquear a possibilidade de desenvolvimento e de mudança de comportamento.

Um bom exercício para entendermos a autoaceitação é:

Vamos pensar que você se encontra em um estado de medo e que no auge de uma crise de ansiedade, você busque ajuda. Uma pessoa que está do outro lado, falará para você:

_ Relaxe!

Relaxe? Seu corpo não entenderá esse comando, mas se a outra pessoa falar para você:

_ Sinta de onde vem o seu medo, ele é real ou imaginário, respira e perceba.

Logo, esse medo pode não desaparecer mais ele se tornará consciente.

A ideia principal é que você se entenda com suas emoções para que elas não te sabotem em momentos de fragilidades.

Autoconceito

A autoestima é um regulador avaliador do nosso autoconceito. Ele afeta nossos sentimentos e o nosso comportamento.

O autoconceito tem a ver com quem somos e quem projetamos ser, na medida em que montamos um autoconceito baseado em mentiras ele se torna inválido.

Precisamos parar de mentir para os outros e para nós, não podemos fingir, pois esse fingimento nega todo o nosso potencial de sabermos de fato que somos e onde podemos melhorar.

Levando em consideração que dá mais trabalho ser quem não é, gasta-se mais energia negando nossa essência do que nos conectando a ela.

A verdade é que algumas pessoas só conseguirão ter um autoconceito positivo de si mesmo e aumentar seu amor próprio com ajuda de terapia, mas outros não, desde que estejam dispostos a fazer o esforço.

A meta é construir um autoconceito forte, positivo em qualquer área e conseguir mantê-lo.

Independente da aprovação dos outros.


constelação familiar

Libertar-se da Culpa

Você avalia o seu comportamento da mesma forma que avalia o de outras pessoas?

Quando você pensa em seus comportamentos, identifica claramente suas ações ou generaliza e pensa “eu não sou bom mesmo” ou “sou ignorante” e tantos outros autoconceitos negativos a respeito de si.

Quando de fato pode ser que exista certa debilidade em determinado assunto, mas não em todos relacionados a sua vida.

Libertar-se da culpa é parar de se colocar como vítima das situações e entender que o que foi feito era o melhor que podia ser feito naquele momento. Que ainda assim, está tudo bem.

É esquecer a opinião alheia. Parar de se censurar, perceber se está se culpando pelos seus padrões ou pelos de outras pessoas.

Sentimo-nos culpados quando:

– não contemplamos algo que fizemos de nossa vontade ou quando deixamos de fazer, isso gera um desprezo do nosso valor.

temos que racionalizar ou explicar nossas atitudes ou comportamentos.

nos sentimos atacados quando alguém nos fala sobre nosso comportamento.

quando dói lembrar-se dos nossos atos ou comportamentos machuca examinar o que foi feito.

Grande parte da culpa que carregamos é plantada pelas pessoas importantes em nossas vidas, do nosso convívio próximo. 

Vou citar alguns exemplos de culpa e sei que alguns leitores não irão se identificar e outros se reconhecerão muito bem.

Sinto-me culpado por ser uma pessoa bonita.

Sinto-me culpado por ser tão inteligente.

Sinto-me culpado por ter tido sucesso na vida.

Sinto-me culpado por ser uma pessoa que ajuda os outros.

E tantos outros.



A Integração do Eu

Adultos começam a interagir com outras pessoas baseados nas experiências vivenciadas no decorrer de sua vida.

Infância, adolescência e idade adulta.

E com todo estímulo que recebemos, sempre ficam algumas questões não resolvidas.

Sempre haverá um: “gostaria que minha mãe tivesse me dado mais carinho“, “que meu pai fosse mais presente“, “que meu namorado me aceitasse da forma que sou” e várias outras vertentes dos sentimentos humanos que afetam o amor próprio.

Há muitas razões para que as pessoas não aceitem quem elas são, não se desvinculando de suas fases principalmente da infância.

De fato, a criança que já fomos pode ser lembrada como fonte de dor, desprezo, egoísmo, abandono, rejeição, reprimida; mas não podemos carregar essa criança para o presente.

Se isso acontecer, daremos ênfase e subpersonalidade a ela, fazendo com que exista em nossas relações e assim abalando nossa autoestima.

Ser Responsável Pelos Seus Atos

Pessoas que possuem autoestima elevada normalmente são ativas perante a vida, assumem total responsabilidade pelos seus atos, sabem que são responsáveis pelo o que buscam.

Não esperam por ninguém para realizar seus sonhos. Aceitam a responsabilidade da própria existência.

Se eu sempre culpar alguém pelos meus atos e falhas, estarei me anulando de crescer de amadurecer e viver plenamente.

Farei com que pessoas tenham pena de mim isso me impede de tomar as rédeas da minha vida.



Viver Com Autenticidade

Vivemos uma mentira quando não somos nós mesmos, quando não buscamos na nossa essência a verdade do nosso ser.

Eu vivo uma mentira quando finjo amar uma pessoa, quando falo que estou com medo, mas na verdade quero manipular o sentimento de alguém.

Quando finjo um conhecimento que não possuo, quando finjo ter crenças quando na verdade não tenho convicções em relações a elas.

As mentiras mais devastadoras não são as que contamos, mas as que vivemos. Ter amor próprio elevado exige congruência e viver com autenticidade exige verdade.

Egoísmo

Muitas pessoas confundem o fato de ter “autoestima elevada” com “ser egoísta”. Existe um mal entendido nessa interpretação.

Veja bem que na verdade isso é o contrário.

Levando em consideração que o indivíduo com maior grau de autoestima, será mais generoso, gentil e tratará as pessoas com respeito.

Hoje vemos bastante as mulheres sendo intituladas como egoístas, pois aprenderam a viver em uma sociedade machista que a obrigou a brigar pelos seus direitos por igualdade.


Formação em PNL

Aquelas mulheres que saem as 7h da manhã de casa e chegam as 19h, muitas vezes são chamadas de egoístas, pois não estão “cuidando” da família.

Passam horas longe de seus filhos, quando no fundo a autoestima está elevada, pois se colocou em posição de decisão de poder sobre sua própria vida.

Temos que levar em consideração que somos um fim em si e não meio para os fins de outros.

Tenhamos amor próprio, isso não é egoísmo.

Com isso, finalizo meu texto, lembrando que amar a si mesmo não é determinado pela sua aparência, pela sua classe social ou por sua popularidade; ela é definida pela sua capacidade de integridade, racionalidade e de todos os processos mentais pelo qual somos responsáveis.

Amem-se!

Cuidem-se!

Sejam incríveis!

Lene Oliveira


Terapia Complementar
Desenvolvimento Pessoal
Espiritualidade